Mil pensamentos, uma fração de segundo.

“Prima, eu e uma amiga estamos querendo montar um clube de leitura, você quer participar?”

Como toda pessoa que adora uma farra novidade, a resposta imediata foi “Claro!”. Assim começou a minha aventura no Chá das 6 p.m.. Enquanto as coisas não haviam saído da primeira frase, confesso que não tinha parado para pensar no assunto com afinco, porém, foi só criar o grupo do Whatsapp que mil pensamentos, dúvidas e ideias vieram em minha cabeça:

– Como serão esses encontros?

– E o primeiro? Será quando? Precisamos de datas!

– Além de Maya… Lala e Dedéa também estão no grupo? (Sorri só em pensar! Um compromisso com todas elas reunidas, que maravilha!)

– To gostando dessas outras amigas da Maya! São engraçadas!

– Ai, meu Deus! É hoje? Temos uma pauta? E a ata? Precisamos organizar! Como conduziremos essa reunião? E as regras? E se eu não gostar dos livros que elas costumam ler? (Sim, Lala, me fiz a mesma pergunta!). E se elas não gostarem dos livros que eu costumo ler? E se eu for a que menos leio livros? Decoro nem o nome dos autores, que vergonha…

– Calma, Mariana! Está tudo sob controle!

Essa sou eu, Mariana, prazer! Mil pensamentos por uma fração de segundo.

Mas vamos falar de mim depois.

Agora, quero falar que nosso primeiro encontro foi uma delícia! As horas passaram e mesmo com todo o cansaço acumulado (alguém já disse aqui que eu sou uma velha de 29 anos?), eu não queria ir embora. Rolou uma identificação entre nós 6.

Lala, minha prima-irmã do coração gigante;

Maya, minha prima-dinda-gêmea do cabelo azul;

Déia, um presente em dose tripla que ganhei da Maya;

Com essas três, o feeling já era certo!

A surpresa veio com:

Rafa, identificação na certa! Autentica, engraçada, me lembra minhas amadas amigas alagoanas! Que agradável senti-las perto de mim em sua presença!

Roberta, fofa! Fofa mil vezes, pessoa gostosa de conviver! Transmite uma calma na fala, uma paz no olhar!

E eu? Me vi um pouco em cada uma das 5 e vi um pouco de cada uma das 5 em mim.

Estávamos ali porque mesmo?

Ah, clube da leitura!

Cheguei em casa, olhei para o meu marido, e tagarelei: “a reunião foi ótima, vamos nos encontrar uma vez por mês, dividimos os livros em gêneros para sortear! Cada uma vai indicar um livro de um gênero! Você precisa me ajudar! Não conheço todos! Ah, e a mediadora do mês indicará o lugar e a bebida da próxima reunião. Pensei em fazer aqui em casa na minha vez! Mas faremos uma faxina antes, tá? E você vai me ajudar! O sorteio será online, já começaremos em novembro! Dezembro vai ter amigo secreto… Eu te falei que até lemos as nossas mãos?”

Essa sou eu. São mil pensamentos por uma fração de segundo. Mas juro que são todos organizados. (Ah, dizem por aí que sou psicóloga e que tem até um documento comprovando!)

Pelo tamanho do post, viram que não sei ser sucinta, né?

E apesar de ter dito tudo isso para ele, o pensamento inconsciente que não saia da minha cabeça era: “Hoje começamos uma grande amizade. Mais uma vez, devo isso à Maya”.

E que comecem os jogos livros.

Por Mariana Salles da Matta

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